A manutenção de bombas tem grande importância para a preservação do meio ambiente e redução de custos no setor industrial
A Acopumps, especializada em bombas, acoplamentos e selos mecânicos, tem mais de 40 anos de experiência no setor industrial. A empresa iniciou suas atividades como representante comercial de produtos hidráulicos, acionamentos elétricos, mecânicos, além de vedações dinâmicas e estáticas. Alinhados a uma vontade dos clientes, em 2002 foi adicionado ao escopo de atividades o trabalho de recuperação e assistência técnica de equipamentos. A responsabilidade da Acopumps vai além dos resultados financeiros dos clientes e também está relacionada à preservação e cuidados com o meio ambiente. Lincoln Naeshiro, sócio e responsável técnico da Acopumps, explica que é necessária uma conscientização maior sobre a importância da conservação do meio ambiente para as futuras gerações. “Precisamos deixar um legado positivo para sociedade em geral no que diz respeito a preservação. Então, no meio industrial não poderia ser diferente”, aponta Lincoln.
Um dos serviços prestados pela Acompumps, que está ligado diretamente à preservação do meio ambiente é a manutenção de bombas. O responsável técnico destaca que a manutenção, quando bem feita, aumenta consideravelmente a vida útil dos equipamentos e reduz o tempo de parada do processo produtivo. Reflete também, na diminuição de custos e na dispersão de contaminantes no solo e no ar. “A manutenção é de fundamental importância para o bom funcionamento de uma indústria e aumenta a vida útil de uma motobomba em até 70%”, ressalta Lincoln.
A importância da manutenção
Na maioria dos casos a manutenção preventiva ou programada nas bombas não recebe a atenção devida, pois o trabalho é tido como um custo, quando deveria ser tratado como investimento. Deixar equipamentos funcionando até que apresentam falhas trazem muito mais despesas e danos à produção do que os relacionados a manutenção. “Temos registro de bombas que ficavam paradas 8% do ano por quebra e com a manutenção preventiva adequada pararam apenas 0,02% no mesmo período”, exemplifica Lincoln. Os vazamentos podem ser causados pela cavitação das bombas, que ocorre quando o produto disponível na sucção chega na bomba em quantidade menor do que a capacidade recalque da tubulação de saída, gerando bolhas de ar que afetam o funcionamento do equipamento. O primeiro sistema que deteriora com a cavitação é a vedação, em seguida os rolamentos e mancais, fazendo com que a bomba apresente vazamento e a possibilidade de contaminações. A quantidade de produto perdido no vazamento, em alguns casos, pode representar um valor maior que o próprio equipamento.
Contudo, os maiores problemas apresentados na questão ecológica estão relacionados ao vazamento de fluídos como óleos, produtos químicos ou gases. “Bombas que transportam produtos tóxicos podem contaminar solos, lençóis freáticos, nascentes, enquanto as que transportam produtos voláteis, como metanol, por exemplo, podem causar mal estar em colaboradores e até mesmo levar a óbito”, alerta Lincoln.
Presente e futuro
Hoje a Acopumps conta com uma sede de mil m², onde são realizadas a venda e a recuperação e manutenção das peças. Stevan Naeshiro, sócio e responsável administrativo da Acopumps, destaca que o aprimoramento para acompanhar as necessidades do mercado e prestar atendimento com excelência é uma das diretrizes da empresa. “A superação dos próprios limites sempre foi um grande desafio e estamos conseguindo ano após ano nos superar”, orgulha-se Stevan. O responsável administrativo relata que o pós pandemia tem sido um grande desafio, mas que a empresa tem se reinventado para acompanhar e prestar os melhores serviços ao mercado de manutenção. “Temos clientes nas regiões sul, sudeste, centro-oeste e nordeste. Também atendemos países do Mercosul, sempre com a mesma excelência no serviço prestado”, enaltece Stevan.
Wilson Naeshiro, sócio fundador da Acopumps, tem mais de 40 anos de experiência na área e comenta, que as mudanças no setor e avanços tecnológicos na área de movimentação de líquidos em processos industriais exigiu a ampliação das atividades da empresa. “Sentimos que essa evolução tecnológica deixou o mercado carente de mão de obra qualificada”, esclarece Wilson. Atingir essa excelência em qualidade é um desafio constante e por isso a Acopumps busca de todas as formas manter o padrão de excelência construído durante décadas. “Temos espaços equipados, parceiros e fornecedores com produtos de ponta e iniciando um treinamento intensivo no nosso corpo técnico, para que estejam sempre atualizados e prontos para solucionar problemas de nossos clientes”, completa Wilson.
Quanto a mão de obra qualificada, Lincoln Naeshiro é incisivo, pois além de uma característica fundamental, o trabalho exige grande habilidade e conhecimento. “Existem poucas empresas como nós especializadas na manutenção de bombas, sejam elas, centrífugas, de vácuo, bombas de deslocamento positivo”, compara Lincoln.
Para o futuro da Acopumps, Wilson Naeshiro indica a busca por novos desafios nos setores em que a empresa atua. “O mais importante é manter a qualidade dos produtos e a excelência do atendimento, auxiliando e assessorando atuais e futuros clientes”, salienta Wilson.
Existem três principais motivos que levam a cavitação de uma motobomba: falta de produto bombeado, superdimensionamento da bomba e vácuo na sucção da bomba.
• O primeiro é causado por algum problema no sistema anterior a bomba, que entrega menos material do que a bomba pode recalcar e pode ser solucionado com um sensor de fluxo;
• O segundo tem nome autoexplicativo e é muito comum em grandes indústrias, onde o medo de que uma bomba não tenha capacidade de suprir o projeto leva a escolha de um produto maior do que o necessário. Nesse caso, a solução requer a contratação de um profissional qualificado que pode avaliar qual a bomba ideal para o trabalho, evitando os custos de aquisição ou troca de uma bomba maior do que a necessária;
• O terceiro caso também é causado por alguma falha no processo anterior a bomba. Equipamentos, como a coluna de destilação, geram vácuo para destilar o que está sendo produzido e este vácuo impede que o produto chegue por gravidade até a bomba. O mesmo ocorre nos desaeradores de caldeira, onde a temperatura normalmente ultrapassa os 100ºC e as bombas não recebem a água para bombear para a caldeira. Nesse caso, o cuidado deve ser redobrado, pois além da cavitação, pode acarretar em acidentes por falta de água na caldeira, colocando em risco a vida dos colaboradores. Para resolução deste caso de cavitação por vácuo na sucção, deve-se adicionar volume a sucção da bomba fazendo com o produto ganhe peso e se sobressaia em relação ao vácuo produzido.
Reportagem da REFERÊNCIA CELULOSE & PAPEL, edição 53.