A maior produtora de celulose de mercado do mundo, a Suzano, finalizou o primeiro trimestre de 2023 com queda de 49% no lucro líquido, para R$ 5,2 bilhões. O resultado reflete ganhos menores com variação cambial.
Já a receita líquida da empresa somou R$ 11,28 bilhões, crescendo 16% ante o mesmo período no ano anterior. No entanto, comparada ao último trimestre de 2022, houve queda de 22%.
Nesse sentido, apesar de registrar um desempenho operacional positivo na comparação anual, a companhia reportou um trimestre mais fraco do que o imediatamente anterior, em razão da queda dos preços e dos volumes comercializados de celulose, bem como a desvalorização do dólar médio frente ao real. Com isso, a Suzano registrou queda de 11% nas vendas da commodity (2,46 milhões de toneladas) e 17% em papel (280 mil toneladas).
Entre janeiro e março, o Ebitda ajustado da empresa aumentou 20%, para R$ 6,16 bilhões, com margem Ebitda ajustado de 55%. O resultado foi puxado pelo aumento do preço médio líquido da celulose em dólar (13%), compensado parcialmente pelo aumento de custos (CPV).
Em comparação com o quarto trimestre, por sua vez, a Suzano teve queda de 25% no Ebitda, seguindo o recuo no preço médio líquido em dólar da celulose (13%) e a queda no volume vendido de fibras e de papel (12%), bem como o câmbio menos favorável para exportações.
Os custos mais altos com madeira, insumos mais caros e maior custo fixo, aumentaram em 8% o custo caixa de produção de celulose, na comparação anual, embora tenha permanecido estável e sem paradas ante o quarto trimestre – em R$ 937.
Na linha financeira, a empresa teve resultado líquido positivo de R$ 2,47 bilhões, frente a R$ 12,9 bilhões positivos no primeiro trimestre do ano passado – em razão de ganhos com variação cambial. A alavancagem financeira da companhia, ao fim de março, chegou a 1,9 vez, contra 2 vezes em dezembro.
Além disso, a Suzano informou que aumentou sua previsão de investimento no Projeto Cerrado para R$ 22,2 bilhões.
Fonte: Portal Celulose